Se resolver usar meus textos para finalidades pessoais, por favor, tenha a delicadeza de citar a fonte.

O bêbado mais chato, é o que fica metido a valente.

O site Brasília Tempo Real (www.emtemporeal.com.br/) publicou no último 22/05, o quarto, isso mesmo, quarto recorde de arrecadação consecutivo – “No mês, foram arrecadados R$ 56,209 bilhões em impostos, um crescimento de 12,09% em relação a abril de 2007. A arrecadação total, que inclui os impostos federais mais taxas e contribuições controladas por outros órgãos, chegou a R$ 59,754 bilhões em abril.”
Hoje, 28/05/08, o site do jornal O Estado de São Paulo (
www.estadao.com.br/) trás a seguinte matéria “BRASÍLIA - O presidente do Senado, Garibaldi Alves (PMDB-RN), afirmou nesta quarta-feira, 28, que a nova CPMF para financiar a saúde, a Contribuição Social para a Saúde (CSS), que deverá ser votada nesta quarta-feira, 28, na Câmara, tem chance de ser aprovada pelos senadores, uma vez que o governo só precisará de 41 votos favoráveis” .
Não parece antagônico, para não dizer cínico?
Porra, se esse governo corrupto quer tanta grana assim para financiar os programas populistas do demente barbudo, porque não se lançam sobre quem realmente tem? A Constituição Federal de 1988 prevê, em seu Artigo 153, inciso VII, o IGF, Imposto sobre Grandes Fortunas. O texto constitucional, no entanto, oportunamente vincula a cobrança do referido imposto “nos termos de lei complementar”, o que indica a necessidade de uma legislação específica para a sua aplicação.
Será que o governo dito para os pobres é isso mesmo?
Onde está a suposta coragem alardeada de forma ébria nos palanques?
E esse ser abjeto quer um terceiro mandato.
Que Deus tenha piedade de nós...

Aldo Masini

Para minha e para toda mãe

Me lembro bem daqueles tempos de garoto recém ingresso no mundo dos adultos e quantas mudanças e aporrinhações.
Às vezes era o chefe, absolutamente rabugento, ou clientes igualmente chatos; noutras era o trânsito que emperrava sem motivos e o sufoco no coletivo te tornava interminável, também havia o time do coração que perdia (e como perdia naqueles tempos), mas, fosse qual fosse o motivo da angustia, da tristeza ou da revolta, você sempre estava em casa mãe e com seu sorriso carinhoso e um afago em meus cabelos, fazia com que tudo ficasse lindo e meu coração de menino em paz novamente. Isso sem falar das tantas vezes que chegava meio bêbado e na manhã seguinte encontrava um chazinho milagroso de boldo na geladeira.
Os anos passaram, eu cresci (confesso que mais por fora que por dentro) e a casa em que hoje moro já não é mais a mesma em que a senhora, embora meu lugar em sua casa, eu sei, ainda permanece.
Os problemas de hoje também são outros, crises existências, morais, espirituais e financeiras; o safado do farmacêutico que não me vende mais Prozac sem receita, o cretino do síndico do prédio que é tão chato quanto o Galvão Bueno, o Lula e suas sandices, o atual chefe, que embora seja outro, é tão rabugento quanto todos os demais.
Mas sabe do quê mais mãe, embora a gente sempre tenha percebido que o verdadeiro chato seja eu mesmo, a senhora jamais deixou de sorrir pra mim ou de afagar meus cabelos, trazendo paz ao meu coração e me fazendo sentir um menino novamente em seu colo. Esses gestos mãe continuam os mesmos e fazem de mim um cara abençoado por ser seu filho.
Então, capricha no carinho domingo mãe, que essa semana foi foda.

Aldo Masini
Homenagem às mães, esses infinitos mananciais de paciência, compreensão e amor

Às vezes

Às Vezes


Às vezes,
minhas palavras não são capazes de traduzir com clareza tudo em que penso,
aquilo que sinto
e menos ainda o quê me vai na alma...
Às vezes,
meus pensamentos correm rápidos demais e não consigo acompanhá-los,
meu coração bate rápido demais,
como se desejasse fugir de dentro de mim,
ganhar independência, vida própria.
Às vezes, é minha alma que deseja correr,
partir para longe,
longe desse coração que sente e se ressente,
longe desse corpo que envelhece e se condói,
longe desses tantos pensamentos conflitantes,
longe dessas palavras que se perdem em enganos grosseiros
longe de tudo que macule o amor puro e branco
que minha alma tem pela vida.

A. Masini


Um mundo novo por detrás das palpebras

Um mundo novo por detrás das palpebras


Te enxergo tão bem quando de olhos fechados
que quando os abro,
nos efemeros instantes que ainda dura o lume do seu sorriso,
um mundo novo se descortina diante minha retina.
Nele, tudo é mais vivo
tudo é mais iluminado
tudo é mais colorido.
E minha vida,
a que ainda restou dentro de mim
me diz que esse bocado de existência,
sensivel apenas por suspiros
ou lágrimas fugidias desses mesmos olhos quando ha mais tempo abertos,
pode valer a pena
se o piscar dos meus olhos for mais lento, mais freguente
porque só quando os fecho
consigo observar o que há dentro de mim,
no centro do que sou.
Lá, você ainda permanece a mesma,
que um dia por mim também se apaixonou.

A. Masini


Apartados (antes mesmo de unidos)

Aparados



De onde vem esse seu poder de transformar meus dias? De reunir cada uma das nuvens escuras de chuva e fazê-las dissipar, para em seguida, surgir o sol, iluminando cada canto escuro de minha alma atormentada?

De onde vem esse encanto, que me faz depositar cada uma das minhas esperanças nos sonhos que seus sorrisos me promovem?

De onde vem esse sentimento que me invade os olhos, corre por minhas veias, toma meu corpo e se instala em festa em meu coração a cada oportunidade que tenho de te ver?

Que coro angelical é esse que canta pra mim sempre que te ouço?

Que mulher é você, que parece ter sido feita sob medida para meus abraços, beijos e carinhos?

Que vida afinal é essa, que apesar dessas tantas coisas que me põem na sua direção, ainda assim nos manteve apartados de tudo isso?



A. Masini