Se resolver usar meus textos para finalidades pessoais, por favor, tenha a delicadeza de citar a fonte.

Chega de ficar de quatro

Será que esse bando de gente depravada, sem vergonha e mal caráter não se cansa de meter a mão no dinheiro do contribuinte?
As páginas A6 e A7 do jornal O Estado de S. Paulo de 29 de abril estão tomadas de matérias relatando “novos” detalhes da revoltante bandalheira no Congresso (
http://digital.estadao.com.br/download/pdf/2009/04/29/A7.pdf). Juro, não há como ler o que lá se encontra sem sentir as vísceras se contorcerem do legítimo desejo de sair distribuindo socos e ponta pés nas bocas desses bandidos.
Desculpem-me pelo desabafo, mas acho que a única linguagem que essa gente campeã de baixeza entende é a da violência.
A mesma violência com que são violentados nossos direitos à Saúde, Educação e Segurança; supostamente garantidos na Constituição.
Enquanto a sociedade não mudar de atitude deixando de achar "normal" que políticos continuem a fazer o que bem entendem com o dinheiro do contribuinte e REAJA de forma definitiva, continuaremos vítimas (e por que não dizer comparsas pela omissão) das farras cínicas e despudoradas desses bandoleiros travestidos de autoridade.

Aldo Masini

Só falta babar

Paranóia?
Distúrbio bipolar?
Encosto?
Sequela daquele tombo do qual nem se recorda?
Sei lá seus motivo e também (já) pouco me importam.
Porém, como sou curioso, resolvi fazer um coquetel de fluoxetina, ritalina e Jack Daniel’s para ver se atingia tal grau psicótico. Confesso que a viagem foi alucinante, de dar inveja em Carlos Castaneda, mas em momento algum me senti uma semi divindade onisciente que no momento seguinte se tornasse uma Madre Teresa açoitada.
Se estou precisando me tratar?
De jeito nenhum, já estou curado.

Aldo Masini

Das núpcias da soberba e a hipocrisia

Como quem se eleva acima de bem e mau,
posta lá sabe-se por quem além de si mesma,
disse-me impávida suas verdades revestidas de escárnio
e como se fossem todas elas insofismáveis, incontestes e irrebatíveis,
tomada de soberba,
acomodou-se em seu trono de cristal olhando-me de cima.


Como se toda essa repentina e imaculada retidão de postura
magicamente pudesse apagar o passado das buscas de sua boca e olhos,
lançou-me à cara com cara de náusea,
toda sua repulsa recém descoberta por mim,
imputa-me a pecha de tudo o que hoje é nojento ao seu paladar
e como juíza de incorruptível conduta, acusa-me de vampirismo.

Mas seu coração, branco e amoroso, indulgente e piedoso
concede-me clemente uma oportunidade de redenção.
Do extremo da altivez de quem sublimou todo e qualquer sentimento impuro,
estende-me sua mão recem lavada e perfumada
e, desde que não a toque,
me oferece seu tolerante perdão.

Te agradeço tamanha bondade
mas declino o convite ao baile de máscaras,
rendeu-me dor e solidão despir-me das minhas.


Quando me expus ao meu coração,
olhei para o abismo dentro de mim mesmo,
enfrentei solitário as sombras mais escuras que lá existem
e naquele mesmo instante, despi-me de toda hipocrisia.
Tenho pecados demais a reparar,
não vou acrescentar cinismo a este rol.


Aldo Masini

Às vezes

Às Vezes


Às vezes,
minhas palavras não são capazes de traduzir com clareza tudo em que penso,
aquilo que sinto
e menos ainda o quê me vai na alma...
Às vezes,
meus pensamentos correm rápidos demais e não consigo acompanhá-los,
meu coração bate rápido demais,
como se desejasse fugir de dentro de mim,
ganhar independência, vida própria.
Às vezes, é minha alma que deseja correr,
partir para longe,
longe desse coração que sente e se ressente,
longe desse corpo que envelhece e se condói,
longe desses tantos pensamentos conflitantes,
longe dessas palavras que se perdem em enganos grosseiros
longe de tudo que macule o amor puro e branco
que minha alma tem pela vida.

A. Masini


Um mundo novo por detrás das palpebras

Um mundo novo por detrás das palpebras


Te enxergo tão bem quando de olhos fechados
que quando os abro,
nos efemeros instantes que ainda dura o lume do seu sorriso,
um mundo novo se descortina diante minha retina.
Nele, tudo é mais vivo
tudo é mais iluminado
tudo é mais colorido.
E minha vida,
a que ainda restou dentro de mim
me diz que esse bocado de existência,
sensivel apenas por suspiros
ou lágrimas fugidias desses mesmos olhos quando ha mais tempo abertos,
pode valer a pena
se o piscar dos meus olhos for mais lento, mais freguente
porque só quando os fecho
consigo observar o que há dentro de mim,
no centro do que sou.
Lá, você ainda permanece a mesma,
que um dia por mim também se apaixonou.

A. Masini


Apartados (antes mesmo de unidos)

Aparados



De onde vem esse seu poder de transformar meus dias? De reunir cada uma das nuvens escuras de chuva e fazê-las dissipar, para em seguida, surgir o sol, iluminando cada canto escuro de minha alma atormentada?

De onde vem esse encanto, que me faz depositar cada uma das minhas esperanças nos sonhos que seus sorrisos me promovem?

De onde vem esse sentimento que me invade os olhos, corre por minhas veias, toma meu corpo e se instala em festa em meu coração a cada oportunidade que tenho de te ver?

Que coro angelical é esse que canta pra mim sempre que te ouço?

Que mulher é você, que parece ter sido feita sob medida para meus abraços, beijos e carinhos?

Que vida afinal é essa, que apesar dessas tantas coisas que me põem na sua direção, ainda assim nos manteve apartados de tudo isso?



A. Masini