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Se ainda restavam dúvidas...

Acordão enterra caso Sarney e abre crise no PT
Inconformado com orientação do partido, Flávio Arns anuncia desfiliação e demais petistas criticam líder

Com os votos dos três representantes do PT, o Conselho de Ética absolveu ontem o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), e o líder dos tucanos, o senador Arthur Virgílio (AM). O arquivamento de todas as denúncias e representações, que fazia parte do "acordão" selado na semana passada entre líderes governistas e a oposição, abriu uma crise sem precedentes na bancada petista. Flávio Arns (PT-SC) avisou que vai deixar o partido. Horas antes, a senadora Marina Silva (AC) também anunciou que estava saindo do PT (veja na página A14)."O PT jogou a ética no lixo e vai ter de achar outra bandeira. O partido deu as costas para a sociedade e para o povo", disse Arns ao anunciar que deixará o partido. A posição petista, totalmente submissa à orientação do Planalto, que mandou votar a favor de Sarney para preservar a aliança com o PMDB para 2010, foi o destaque da sessão do conselho.

O Estado de S. Paulo - 20/09/09

Se restavam dúvidas sobre quem o PT optaria por trair, seus eleitores e militantes ou seus pares na bandolagem, os obedientes senadores (com “s” em minúsculo sim, como minúsculas são tais pessoas) trataram de dirimir.
Em ato de submissão e comcupiscência nojentas, atenderam à voz pastosa de seu mandatário e assinaram o salvo conduto para que o senhor feudal Sarney e familia continuem tratando o público como privado.
Colocaram-se de quatro e se apressaram em jogar na vala comum a história de luta pela verdade que sempre foi o estandarte da militância petista.
Parabéns, hipócritas prostituidos, vocês deram o tiro de misericórdia no moribundo PT, jazente na UTI desde os primeiros sinais de que a máscara de verdade afrouxava na cara cínica de Lula.

Aldo Masini

Gripe suína x loira do banheiro

Caríssimos, caríssimas
Tem alguns manés divulgando um e-mail de uma conversa entre o Zé e a Maria Ninguem os quais seriam supostamente amigos dos amigos de não sei quem, que sabem por meio de sei lá que fonte, que morreram sei lá quantas pessoas de gripe suína e que o Governo estaria escondendo tais números para não nos causar pânico.
Pergunto, não basta o papelão de nossos senadores pra nos causar pânico suficiente?
Desse jeito é mais fácil morrermos de ignorância!
Ah, dêm um tempo.

Aldo Masini

Bolsa de Invalores

Então nossos excelentíssimos senadores precisam primeiramente sentirem-se ameaçados para só então apontarem as falcatruas que conheçam de seus pares?
E eu achando que eles estavam lá para representar os Estados que os elegem, protegendo o cidadão de eventuais abusos de poder.
Só falta agora criarem uma bolsa do rabo preso.
Olha que idéia maravilhosa. Transformar a pilantragem em commodity com pregão eletrônico e tudo.
“Troco uma gravação autorizada do excelentíssimo fulano contratando por ato secreto o namorado de sua neta, por um dossiê dos últimos 3 anos da vida do excelentíssimo sicrano”.
Ah sim, haveriam também aquelas equivalentes às ‘blue ships’. Imaginem o valor de uma cópia da declaração de bens do primeiro filho?
Isso mesmo, aquele que da noite pro dia se tornou um dos maiores pecuaristas do país.
Essa porém teria de ser negociada depois do por do sol, em segredo, afinal o tema enriquecimento do primeiro filho é assunto há muito censurado pelo próprio papai ditador.
Essa semana seria ideal para realização de ativos. Depois das ameaças da chamada tropa de choque (pessoalmente prefiro resto da quadrilha), as informações da matilha, digo, família Sarney atingiriam máxima valorização e poderiam ser negociadas com ágios extorsivos, afinal, na bolsa do rabo preso, ninguém mais é dono do próprio rabo. Assim, melhor segurar o de alguém, já que não se sabe que mãos seguram o seu...

Aldo Masini

Às vezes

Às Vezes


Às vezes,
minhas palavras não são capazes de traduzir com clareza tudo em que penso,
aquilo que sinto
e menos ainda o quê me vai na alma...
Às vezes,
meus pensamentos correm rápidos demais e não consigo acompanhá-los,
meu coração bate rápido demais,
como se desejasse fugir de dentro de mim,
ganhar independência, vida própria.
Às vezes, é minha alma que deseja correr,
partir para longe,
longe desse coração que sente e se ressente,
longe desse corpo que envelhece e se condói,
longe desses tantos pensamentos conflitantes,
longe dessas palavras que se perdem em enganos grosseiros
longe de tudo que macule o amor puro e branco
que minha alma tem pela vida.

A. Masini


Um mundo novo por detrás das palpebras

Um mundo novo por detrás das palpebras


Te enxergo tão bem quando de olhos fechados
que quando os abro,
nos efemeros instantes que ainda dura o lume do seu sorriso,
um mundo novo se descortina diante minha retina.
Nele, tudo é mais vivo
tudo é mais iluminado
tudo é mais colorido.
E minha vida,
a que ainda restou dentro de mim
me diz que esse bocado de existência,
sensivel apenas por suspiros
ou lágrimas fugidias desses mesmos olhos quando ha mais tempo abertos,
pode valer a pena
se o piscar dos meus olhos for mais lento, mais freguente
porque só quando os fecho
consigo observar o que há dentro de mim,
no centro do que sou.
Lá, você ainda permanece a mesma,
que um dia por mim também se apaixonou.

A. Masini


Apartados (antes mesmo de unidos)

Aparados



De onde vem esse seu poder de transformar meus dias? De reunir cada uma das nuvens escuras de chuva e fazê-las dissipar, para em seguida, surgir o sol, iluminando cada canto escuro de minha alma atormentada?

De onde vem esse encanto, que me faz depositar cada uma das minhas esperanças nos sonhos que seus sorrisos me promovem?

De onde vem esse sentimento que me invade os olhos, corre por minhas veias, toma meu corpo e se instala em festa em meu coração a cada oportunidade que tenho de te ver?

Que coro angelical é esse que canta pra mim sempre que te ouço?

Que mulher é você, que parece ter sido feita sob medida para meus abraços, beijos e carinhos?

Que vida afinal é essa, que apesar dessas tantas coisas que me põem na sua direção, ainda assim nos manteve apartados de tudo isso?



A. Masini