Se resolver usar meus textos para finalidades pessoais, por favor, tenha a delicadeza de citar a fonte.

Vírus e Vermes

E não é que a Gripe A chegou mesmo por aqui?
Pois é, ontem (07/05) à noite os jornais televisivos noticiavam quatro casos já confirmados.
Era mesmo questão de tempo, afinal há pelo menos dez dias que a imprensa traz informações constantes sobre a inicialmente chamada Gripe Suína, que diga-se, pouco tem a ver com os porquinhos.
O alarido tem sido tanto que, além das tradicionais piadinhas, esqueceram-se os escândalos do Congresso com a farra das passagens aéreas e os saques imorais no cartão corporativo.
E falando em corporativismo, é de se conjecturar sobre a sorte desses vermes quando o Vírus H1N1 aporta por aqui chamando para si toda a atenção da mídia. E olha que nem precisava, afinal, segundo o deputado Sérgio Moraes (PTB), em um raro momento de franqueza, admitiu (e sinto que falou por pelo menos 80% de seus pares) estar se “lixando para a opinião pública”.
Quer saber, a Gripe Suína ou Influenza H1N1, como queira, é café pequeno, bem pequeno, quando nos lembramos de nossos “governantes”.


Aldo Masini

Os Cabelos de Vanessa

Ontem assisti pela televisão a uma apresentação da Vanessa da Mata.
Ô menina linda com aquela bocarra só dela, tão contraditória e insolitamente delicada.
Um sorriso de moça tranqüila de interior mesclando saber querer, alguma malandragem e muita, muita simpatia.
Não vi minha própria cara enquanto via ao show, mas a sentia e sei, pela emoção sublime que me corria as artérias, que minha cara era de bobo.
E aquela menina linda, de cabelos apaixonantemente lindos, ficou ainda mais bonita quando cheia de charme cantou “Joãozinho”, um poema musicado destinado às meninas de cabelos lindos que os insistem em alisar.
Grande Vanessa, me deu vontade de acariciar seus cabelos.

Aldo Masini

Às vezes

Às Vezes


Às vezes,
minhas palavras não são capazes de traduzir com clareza tudo em que penso,
aquilo que sinto
e menos ainda o quê me vai na alma...
Às vezes,
meus pensamentos correm rápidos demais e não consigo acompanhá-los,
meu coração bate rápido demais,
como se desejasse fugir de dentro de mim,
ganhar independência, vida própria.
Às vezes, é minha alma que deseja correr,
partir para longe,
longe desse coração que sente e se ressente,
longe desse corpo que envelhece e se condói,
longe desses tantos pensamentos conflitantes,
longe dessas palavras que se perdem em enganos grosseiros
longe de tudo que macule o amor puro e branco
que minha alma tem pela vida.

A. Masini


Um mundo novo por detrás das palpebras

Um mundo novo por detrás das palpebras


Te enxergo tão bem quando de olhos fechados
que quando os abro,
nos efemeros instantes que ainda dura o lume do seu sorriso,
um mundo novo se descortina diante minha retina.
Nele, tudo é mais vivo
tudo é mais iluminado
tudo é mais colorido.
E minha vida,
a que ainda restou dentro de mim
me diz que esse bocado de existência,
sensivel apenas por suspiros
ou lágrimas fugidias desses mesmos olhos quando ha mais tempo abertos,
pode valer a pena
se o piscar dos meus olhos for mais lento, mais freguente
porque só quando os fecho
consigo observar o que há dentro de mim,
no centro do que sou.
Lá, você ainda permanece a mesma,
que um dia por mim também se apaixonou.

A. Masini


Apartados (antes mesmo de unidos)

Aparados



De onde vem esse seu poder de transformar meus dias? De reunir cada uma das nuvens escuras de chuva e fazê-las dissipar, para em seguida, surgir o sol, iluminando cada canto escuro de minha alma atormentada?

De onde vem esse encanto, que me faz depositar cada uma das minhas esperanças nos sonhos que seus sorrisos me promovem?

De onde vem esse sentimento que me invade os olhos, corre por minhas veias, toma meu corpo e se instala em festa em meu coração a cada oportunidade que tenho de te ver?

Que coro angelical é esse que canta pra mim sempre que te ouço?

Que mulher é você, que parece ter sido feita sob medida para meus abraços, beijos e carinhos?

Que vida afinal é essa, que apesar dessas tantas coisas que me põem na sua direção, ainda assim nos manteve apartados de tudo isso?



A. Masini