Se resolver usar meus textos para finalidades pessoais, por favor, tenha a delicadeza de citar a fonte.

Dos nossos limites e limitações

Deputados e Senadores aprovaram aumentos de seus próprios salários sob o olhar complacente do presidente do povo, cuja única manifestação foi, na melhor das hipóteses, irônica, “para o Lulinha aqui nada” (aludindo ao inicio da vigência dos novos salários).
Qualquer “abestado” (para o usar o jargão de um dos nobres deputados que mais comemoraram a noticia) sabe, por A + B, que esse é o preço do apoio à sucessora de Lula. Preço que infelizmente será pago por todos nós.

Na outra ponta da “cadeia alimentar”, por “pressão” do Ministério Público Estadual, a Prefeitura de São Paulo vai regulamentar a atividade de “flanelinha” elevando-a ao status de profissão. Isto é, vai-se regulamentar a extorsão, transformando bandidos em trabalhadores honestos (como dizia um professor do cursinho, não importa a origem do dinheiro, se for oferecido à tributação, passa a ser dinheiro “limpo”).

Essa mesma Prefeitura abriga fiscais que, de dentre suas fileiras, emergem como quadrilhas para extorquir camelos e outros que tais em detrimento daquilo que seria o mote da existência de sua função, fiscalizar, chegando mesmo ao ponto de matar para proteger seus “ganhos”, conforme noticiado ontem (15/12) pela mídia.

Daí me pergunto e te pergunto, até onde a sociedade como a conhecemos (ou imaginamos) pode suportar?
Que ética os jovens pais devem ensinar a seus filhos, quando a malandragem é recompensada não só nas extremidades mas também ao longo de toda a extensão da hierarquia das casas políticas?
Como convencer os jovens eleitores a se politizarem para que a democracia seja, antes de um direito, uma responsabilidade?
Como evitar o desejo de entregar o pontos ao reconhecer que o mal da corrupção está em todo e qualquer lugar e que nada se pode fazer sem passarmos pelo viés da violência?

Sei que para aqueles que me conhecem mais de perto, o natural seria estar-lhes enviando textos natalinos, por isso peço que me perdoem o desabafo, mas hoje estou, na melhor das hipóteses, emputecido.

Aldo Masini

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O aprendizado se dá por tentativa, erro e a correção do erro. No meu modo de ver, o erro é uma ferramenta de aprimoramento. Assim, te convido a deixar seu comentário. Abraço, Aldo

Às vezes

Às Vezes


Às vezes,
minhas palavras não são capazes de traduzir com clareza tudo em que penso,
aquilo que sinto
e menos ainda o quê me vai na alma...
Às vezes,
meus pensamentos correm rápidos demais e não consigo acompanhá-los,
meu coração bate rápido demais,
como se desejasse fugir de dentro de mim,
ganhar independência, vida própria.
Às vezes, é minha alma que deseja correr,
partir para longe,
longe desse coração que sente e se ressente,
longe desse corpo que envelhece e se condói,
longe desses tantos pensamentos conflitantes,
longe dessas palavras que se perdem em enganos grosseiros
longe de tudo que macule o amor puro e branco
que minha alma tem pela vida.

A. Masini


Um mundo novo por detrás das palpebras

Um mundo novo por detrás das palpebras


Te enxergo tão bem quando de olhos fechados
que quando os abro,
nos efemeros instantes que ainda dura o lume do seu sorriso,
um mundo novo se descortina diante minha retina.
Nele, tudo é mais vivo
tudo é mais iluminado
tudo é mais colorido.
E minha vida,
a que ainda restou dentro de mim
me diz que esse bocado de existência,
sensivel apenas por suspiros
ou lágrimas fugidias desses mesmos olhos quando ha mais tempo abertos,
pode valer a pena
se o piscar dos meus olhos for mais lento, mais freguente
porque só quando os fecho
consigo observar o que há dentro de mim,
no centro do que sou.
Lá, você ainda permanece a mesma,
que um dia por mim também se apaixonou.

A. Masini


Apartados (antes mesmo de unidos)

Aparados



De onde vem esse seu poder de transformar meus dias? De reunir cada uma das nuvens escuras de chuva e fazê-las dissipar, para em seguida, surgir o sol, iluminando cada canto escuro de minha alma atormentada?

De onde vem esse encanto, que me faz depositar cada uma das minhas esperanças nos sonhos que seus sorrisos me promovem?

De onde vem esse sentimento que me invade os olhos, corre por minhas veias, toma meu corpo e se instala em festa em meu coração a cada oportunidade que tenho de te ver?

Que coro angelical é esse que canta pra mim sempre que te ouço?

Que mulher é você, que parece ter sido feita sob medida para meus abraços, beijos e carinhos?

Que vida afinal é essa, que apesar dessas tantas coisas que me põem na sua direção, ainda assim nos manteve apartados de tudo isso?



A. Masini