Mercantilizamos a saúde, a educação, o amor. E de forma
destorcida “aprendemos” a nos virar com isso tudo. Trabalhamos cada vez mais a
fim de pagar por coisas, que embora desnecessárias, se apresentam cada vez mais
caras.
Com isso nos afastamos da família, dos amigos e dos prazeres; nos divertimos cada vez menos por que mercantilizamos a vida.
Mas tenho ainda a romântica esperança de que um dia a gente consiga aprender que com isso também se é possível lidar nos bastando mudar a postura diante das modas, valorizar as pessoas, as oportunidades e as coisas atribuindo-lhes valores outros que não os econômicos. Os valores do sorriso, da ternura e da paz de espirito. O valor do simples, do sublime (adoro essa palavra).
O problema é que diariamente somos bombardeados (com efeito tão letal aos nossos sonhos como teriam bombas verdadeiras sobre nossos corpos) com informações que nos compelem a “ver” tudo isso com absoluta naturalidade (a melhor escolha de palavras seria por “não ver a realidade") apesar do cansaço e da solidão que sentimos sem entender.
Essa falta de compreensão em perspectiva nos faz fechar os olhos para tudo que pareça não influir diretamente no nosso dia-a-dia. Contas, trânsito, trabalho e honorários ocupam quase cem por cento do nosso pensamento de forma que o pano de fundo desse enredo veloz, o contexto politico social, se percebido, não raro é deixado pra lá, posto de lado ante urgências que nem precisavam ser nossas.
Esse cenário não seria de todo catastrófico se a política cuja importância negamos, fosse aquela altruísta, meritória e honrada dos gregos antigos, mas não é, porque a mercantilização chegou também à política, ou melhor (digo, pior) aos “políticos” (que Platão me perdoe a heresia de assim chamar tais pessoas) de hoje, contrariamente aos tempos de ARENA e MDB, quando direita era direita e esquerda, esquerda; tempos em que a escolha partidária representava convicções e valores ideológicos, não são mais os valores éticos que movem os “eleitos” e sim mesquinharias como segundos de televisão com vistas a cargos transformados em moeda de troca; um ministério, uma secretaria, um cargo menor qualquer nem que seja o de “churrasqueiro, puxa-saco ou amante oficial”.
O que se vê, com rotina diária, é uma série de articulações e conchavos sem qualquer objetivo voltado aos eleitores (nós, trabalhadores de sonhos tolhidos), muito antes, senão exclusivamente, voltados à manutenção da ligadura visceral de cada um deles a uma das tantas tetas da ratazana em que transformaram a politica.
A pluralidade de “partidos”, alguns declaradamente venais, não permite dúvida quanto à sanha por benesses pessoais de seus componentes. Gente nefasta e despudorada; prostituída na concepção mais rasteira que a palavra possa alcançar. Gente que não reconhece gente por não gostar de gente. Gente que foi além da mercantilização da vida, mercantilizou a alma própria e a vida alheia; as nossas vidas.
A. Masini
Com isso nos afastamos da família, dos amigos e dos prazeres; nos divertimos cada vez menos por que mercantilizamos a vida.
Mas tenho ainda a romântica esperança de que um dia a gente consiga aprender que com isso também se é possível lidar nos bastando mudar a postura diante das modas, valorizar as pessoas, as oportunidades e as coisas atribuindo-lhes valores outros que não os econômicos. Os valores do sorriso, da ternura e da paz de espirito. O valor do simples, do sublime (adoro essa palavra).
O problema é que diariamente somos bombardeados (com efeito tão letal aos nossos sonhos como teriam bombas verdadeiras sobre nossos corpos) com informações que nos compelem a “ver” tudo isso com absoluta naturalidade (a melhor escolha de palavras seria por “não ver a realidade") apesar do cansaço e da solidão que sentimos sem entender.
Essa falta de compreensão em perspectiva nos faz fechar os olhos para tudo que pareça não influir diretamente no nosso dia-a-dia. Contas, trânsito, trabalho e honorários ocupam quase cem por cento do nosso pensamento de forma que o pano de fundo desse enredo veloz, o contexto politico social, se percebido, não raro é deixado pra lá, posto de lado ante urgências que nem precisavam ser nossas.
Esse cenário não seria de todo catastrófico se a política cuja importância negamos, fosse aquela altruísta, meritória e honrada dos gregos antigos, mas não é, porque a mercantilização chegou também à política, ou melhor (digo, pior) aos “políticos” (que Platão me perdoe a heresia de assim chamar tais pessoas) de hoje, contrariamente aos tempos de ARENA e MDB, quando direita era direita e esquerda, esquerda; tempos em que a escolha partidária representava convicções e valores ideológicos, não são mais os valores éticos que movem os “eleitos” e sim mesquinharias como segundos de televisão com vistas a cargos transformados em moeda de troca; um ministério, uma secretaria, um cargo menor qualquer nem que seja o de “churrasqueiro, puxa-saco ou amante oficial”.
O que se vê, com rotina diária, é uma série de articulações e conchavos sem qualquer objetivo voltado aos eleitores (nós, trabalhadores de sonhos tolhidos), muito antes, senão exclusivamente, voltados à manutenção da ligadura visceral de cada um deles a uma das tantas tetas da ratazana em que transformaram a politica.
A pluralidade de “partidos”, alguns declaradamente venais, não permite dúvida quanto à sanha por benesses pessoais de seus componentes. Gente nefasta e despudorada; prostituída na concepção mais rasteira que a palavra possa alcançar. Gente que não reconhece gente por não gostar de gente. Gente que foi além da mercantilização da vida, mercantilizou a alma própria e a vida alheia; as nossas vidas.
A. Masini
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O aprendizado se dá por tentativa, erro e a correção do erro. No meu modo de ver, o erro é uma ferramenta de aprimoramento. Assim, te convido a deixar seu comentário. Abraço, Aldo