Se resolver usar meus textos para finalidades pessoais, por favor, tenha a delicadeza de citar a fonte.

Das coisas mágicas que nos cercam

Algumas coisas trazem em si algo de mágico.

Não é apenas na beleza exatamente, mas algo de essencial, alguma coisa de sua própria natureza surreal.

Um misto de emoções antagônicas e complementares; alegria e tristeza, felicidade e angustia, aventura e quietude, euforia e paz.

Dentre tais coisas estão as chuvas, ora mansas, ora intensas. Por vezes trazendo caos, noutras, maioria delas, vida e encantos; como bênçãos líquidas despejadas do céu.

O outono, com seus sabores e aromas. Ventos que brincam com os cabelos das moças e, rasgando nuvens em fiapos, ajudam o crepúsculo a pintar o céu em tons únicos.

O mar e tudo o que nele há mas de que não me atrevo falar agora. Caberia aqui um romance inteiro para descrevê-lo modestamente.

Os rios que embora corram, permanecem, e por isso nos deixam com a sensação ilógica de que são outros sendo os mesmos.

A lua e suas tantas faces (me recuso a aceitar apenas quatro) e, se merecia o mar um romance só seu, a lua mereceria um Lusíadas para falar apenas de sua luz.

É verdade, a natureza realmente nos brindou com magias magistrais cujas emoções provocadas se aproximam do indizível pois que não se traduzem em palavra humana.

Todavia, o homem também foi capaz de criar ao menos uma, que aos meus olhos e coração, poderia também se enquadrar no seleto rol das tais “coisas mágicas”.

Os trens e todas as histórias que os acompanham desde as plataformas de embarque...


A. Masini

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O aprendizado se dá por tentativa, erro e a correção do erro. No meu modo de ver, o erro é uma ferramenta de aprimoramento. Assim, te convido a deixar seu comentário. Abraço, Aldo

Às vezes

Às Vezes


Às vezes,
minhas palavras não são capazes de traduzir com clareza tudo em que penso,
aquilo que sinto
e menos ainda o quê me vai na alma...
Às vezes,
meus pensamentos correm rápidos demais e não consigo acompanhá-los,
meu coração bate rápido demais,
como se desejasse fugir de dentro de mim,
ganhar independência, vida própria.
Às vezes, é minha alma que deseja correr,
partir para longe,
longe desse coração que sente e se ressente,
longe desse corpo que envelhece e se condói,
longe desses tantos pensamentos conflitantes,
longe dessas palavras que se perdem em enganos grosseiros
longe de tudo que macule o amor puro e branco
que minha alma tem pela vida.

A. Masini


Um mundo novo por detrás das palpebras

Um mundo novo por detrás das palpebras


Te enxergo tão bem quando de olhos fechados
que quando os abro,
nos efemeros instantes que ainda dura o lume do seu sorriso,
um mundo novo se descortina diante minha retina.
Nele, tudo é mais vivo
tudo é mais iluminado
tudo é mais colorido.
E minha vida,
a que ainda restou dentro de mim
me diz que esse bocado de existência,
sensivel apenas por suspiros
ou lágrimas fugidias desses mesmos olhos quando ha mais tempo abertos,
pode valer a pena
se o piscar dos meus olhos for mais lento, mais freguente
porque só quando os fecho
consigo observar o que há dentro de mim,
no centro do que sou.
Lá, você ainda permanece a mesma,
que um dia por mim também se apaixonou.

A. Masini


Apartados (antes mesmo de unidos)

Aparados



De onde vem esse seu poder de transformar meus dias? De reunir cada uma das nuvens escuras de chuva e fazê-las dissipar, para em seguida, surgir o sol, iluminando cada canto escuro de minha alma atormentada?

De onde vem esse encanto, que me faz depositar cada uma das minhas esperanças nos sonhos que seus sorrisos me promovem?

De onde vem esse sentimento que me invade os olhos, corre por minhas veias, toma meu corpo e se instala em festa em meu coração a cada oportunidade que tenho de te ver?

Que coro angelical é esse que canta pra mim sempre que te ouço?

Que mulher é você, que parece ter sido feita sob medida para meus abraços, beijos e carinhos?

Que vida afinal é essa, que apesar dessas tantas coisas que me põem na sua direção, ainda assim nos manteve apartados de tudo isso?



A. Masini